domingo, 29 de abril de 2012

Dia da Terra - GRUPO 5

Dia da Terra
 O Dia da Terra foi criado pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
  Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.
  Sua primeira manifestação teve lugar em 22 de abril de 1970. Foi iniciada pelo senador Gaylord Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governos dos Estados Unidos criaram a Agencia de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.
  • Em 1972 se celebrou a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradicar-los.
  • O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulara por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas.
  • O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos na naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.
  • No Dia da Terra todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta, tanto a nível global como regional e local.
  • "A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser..."
Surgiu como um movimento universitário, o Dia da Terra se converteu em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra
Cantinho do Educador
Nesta data especial pode ser trabalhadas muitas atividades criativas, onde se cria a vontade do educando de colocar em prática o conteúdo em estudo, no caso o Dia da Terra.
Colocamos em destaque duas atividades:
  1º atividade: Troca de sacos de lixo por latas de leite, estas seriam decoradas por cada criança a seu melhor modo. A utilizaria em sala de aula, ao final de cada aula a criança despejaria seu lixo no local adequado, incentivando-a a não jogar o lixo no chão e sim sempre carregar com ela um recipiente onde possa guardar seus lixos e posteriormente despejá-los em locais adequados.
  2º atividade: Criação de um painel temático, educador junto ao educando, colocando atitudes simples de conservação do meio ambiente, utilizando materiais reciclaveis. Onde pudesse ser visto por todos no colegio. Com o obijetivo de incentivar todos a colaborarem, mesmo que em pequenas atitudes, ao final do ano letivo, todos teriam visibilidade da melhora no ambiente onde estudam e assim poderiam continuar a espalhar estas atitudes por todos os lugares onde forem.
Enquete:
Qual a importância das atividades sobre o meio ambiente para alunos do Ensino Fundamental ?32

quinta-feira, 26 de abril de 2012

SUGESTÃO DE LIVRO INFANTIL - BULLYING - AS HISTÓRIAS DE SÉ DOIDINHO

As Estórias de Zé doidinho
"As Estórias De Zé Doidinho" é o primeiro livro de autoria de José Geraldo Jacob Neto. O livro conta a estória de um menino especial que se sentia sozinho e triste porque as outras crianças não o aceitavam como ele era. As aventuras de Zé Doidinho mostram para as crianças que as diferenças fazem de cada pessoa um ser único e diferente e que isso também pode ser muito legal. Por isso é importante aceitar as pessoas como elas são, sem ofendê-las ou ridicularizá-las pelo seu jeito ou preferências pessoais. De uma maneira simples, direta e divertida o autor aborda a questão do bullying, um problema cada vez mais evidente na sociedade e que preocupa pais e especialistas. O bullying traz consequências negativas para quem pratica e para quem é discriminado. Quem pratica pode ter a falsa impressão de não ter limites e este comportamento pode ser muito prejudicial nas fases da adolescência e adulta. Já quem sofre pode carregar este peso pela vida inteira e ter problemas psicológicos, de relacionamento e até mesmo profissionais. A linguagem é voltada especialmente para o público infantil e as frases são curtas e objetivas. A parte gráfica do livro também chama atenção pela qualidade. Diversas paisagens, desenhos lúdicos e bem coloridos conquistam as crianças, que desenvolvem várias habilidades a partir da leitura e do estímulo das imagens, como a criatividade e outras competências intelectuais.

Referência:http://zedoidinho.blogspot.com.br/

Aluna: Larissa

SUGESTÃO DE LIVRO INFANTIL - BULLYING - RICK, O NERD DETETIVE



Rick, o Nerd Detetive

Todos acham Rick muito nerd. Suas roupas são estranhas, e, além de tudo, ele não para de estudar. Está sempre ouvindo piadas dos colegas de escola, nunca é convidado para as festas de aniversário e, nos jogos de futebol, ninguém passa a bola para ele. Mas, quando a escola vence um importante campeonato e a taça é roubada, Rick utiliza suas habilidades para descobrir quem é o culpado. O resultado da investigação surpreenderá seus colegas



By:Darliane Nascimento


sábado, 21 de abril de 2012

EMÍLIA E VISCONDE - SÍTIO DO PICAPAU AMARELO

 

EMÍLIA

SÉRGIO RICARDO

Pobre de mim
Emília me traga uma notíca boa
Pirlimpimpim, se não chover
É vento ou é garoa
Pobre de mim
Emília me traga uma notíca boa
Pirlimpimpim, se não chover
É vento ou é garoa
Mais do que ser passarinho
Anjo, boneca, gente, assombração
É ser que nem é Emília
Campina, campo, espaço e amplidão
Mais do que ser sabida
E ter segredos que fazer magia
É ser que nem é Emília
Fonte, chama, sopro, ventania
Por mais que o sol se esconde
Cruzes se cravem no raiar do dia
Por mais que o sol se esconde
Cruzes se cravem no raiar do dia
Pobre de mim
Emília me traga uma notíca boa
Pirlimpimpim, se não chover
É vento ou é garoa
Pobre de mim
Emília me traga uma notíca boa
Pirlimpimpim, se não chover
É vento ou é garoa
Mais do que ser passarinho
Anjo, boneca, gente, assombração
É ser que nem é Emília
Campina, campo, espaço e amplidão
Mais do que ser sabida
E ter segredos que fazer magia
É ser que nem é Emília
Fonte, chama, sopro, ventania
Por mais que o sol se esconde
Cruzes se cravem no raiar do dia
Por mais que o sol se esconde
Cruzes se cravem no raiar do dia
Pobre de mim
Emília me traga uma notíca boa
Pirlimpimpim, se não chover
É vento ou é garoa
Pobre de mim
Emília me traga uma notíca boa
Pirlimpimpim, se não chover
É vento ou é garoa
Pirlimpim se não chover
É vento ou é garoa
Pobre de mim
Emília me traga uma notíca boa
Pirlimpimpim, se não chover
É vento ou é garoa
Pobre de mim
Emília me traga uma notíca boa
Pirlimpimpim, se não chover
É vento ou é garoa
Pirlimpimpim se não chover
É vento ou é garoa
Pirlimpimpim se não chover
É vento ou é garoa


VISCONDE DE SABUGOSA
JOÃO BOSCO


Sábio sabugo
Filho de ninguém
Espiga de milho
Bobo sabido
Doido varrido
Nobre de vintém

Meu caro Visconde
É de trem ou de bonde
Que eu chego ao picapau
Aonde se esconde todo pessoal
Visconde me conta
Ou então faz de conta
Que é no coração
Das crianças daqui
A alegria é maior
Com Benta Anastácia os meninos
A Emília Quindim Rabicó

PROJETO MEMÓRIA MONTEIRO LOBATO - LINK

LINKS INTERESSANTES:


Projeto Memória Monteiro Lobato  
http://www.projetomemoria.art.br/MonteiroLobato/

http://www.projetomemoria.art.br/MonteiroLobato/sitiodopicapau/

GLOBO
 http://sitio.globo.com/

TAUBATÉ - CHÁCARA DO VISCONDE
http://www.taubate-sp.com.br/chacara.htm

DONA BENTA... A VÓ DO SÍTIO DE MONTEIRO LOBATO




DONA BENTA - ZÉ LUÍS
Que pessoa é essa
Que fazendo as contas
Que contando os pontos
Faz um lindo bordado

Que pessoa é essa
Que tem a liberdade
De abrir a janela esbarrando no verde
Que magia é essa?
Que milagre é esse?
Hunhummmm
Mas que magia é essa?
Que milagre é esse?
Hunhummmm

Que pessoa é essa
Que não se desaponta
Que nunca se espanta
Que vive e que sonha
Que pessoa é essa
Que sem nenhum esforço
No jantar ou almoço
Tem a mesa farta

Mas que magia é essa?
Que milagre é esse?
Hunhummmm
Mas que magia é essa?
Que milagre é esse?

PEDRINHO E NARIZINHO ...

Pedrinho (Banda Aquarius)

Ele imaginava
Que era rei, soldado
Herói, pirata e domador
Era o que queria ser
Porque era um sonhador
Ele acreditava
Em dragão, bruxa
Saci, cavalo voador
Via o que queria ver
Porque era um sonhador
E o picapau amarelo
O mundo que escolheu
Era assim como um castelo seu
Ele viajava
E era trem, submarino
Avião vapor
Ia onde queria ir
Porque era um sonhador
E ao picapau amarelo
Retornava então
Pois não há mundo mais belo não
Ele se encantava
Pois no sítio há tanto bicho
Mato, fruta e flor
Ele então só quer crescer
Para o mundo exterior
Percorrer




Narizinho
Lucinha Lins

Narizinho Narizinho
Sonha sonha com amigos
É a fada brasileira de agrados e castigos

Sonhando abrir a porta
Do Reino das Águas Claras
Um céu de estrelas marinhas
E um chão de conchas raras

Narizinho Narizinho
Sonha sonha com amigos
É a fada brasileira de agrados e castigos

Uma aranha sobe e desce
Vem e tece o seu vestido
Com as cores do pedido
Felicidade brilhante

Narizinho Narizinho
Sonha sonha com amigos
É a fada brasileira de agrados e castigos

A boneca já falante
Lhe foge entre os dedos
Nastácia o pesadelo
De acordá-la sempre antes

Narizinho Narizinho
Sonha sonha com amigos
É a fada brasileira de agrados e castigos

Os heróis de outras histórias
Tão cansados, inocentes
Vão deixar as suas glórias
Pra viver junto com a gente

LENDO MONTEIRO LOBATO... CARTAS


DESCOBERTA DA GOSTOSURA
Querida Leninha,
Aconteceu nesta semana uma novidade tão boa, que tinha que te contar depressinha! Lá na biblioteca da Escola peguei um livro chamado REINAÇÕES DE NARIZINHO do Monteiro Lobato. Comecei a folhear meio de nariz torto, porque era muito grosso, parecia que não ia acabar nunca e que ia ser uma baita duma chateação.
Li o comecinho e o que vinha depois e mais depois e quando percebi, já tinha dado o sinal pra voltar pra sala e eu sem conseguir tirar os olhos daquela delícia deliciante. Suspirei, pedi emprestado e levei pra casa. Não fiz mais nada o dia inteiro. Nem de noite. Nem na manhã seguinte e na outra e outra. Não consegui nem piscar antes de acabar.
Tem umas lindezas de arrepiar como quando a Narizinho casa com o Príncipe Escamado e a Dona Aranha faz um vestido tão lindo pra ela, feito só de cores, que até o espelho arregalou os olhos de espanto e rachou em seis partes. Quando for grande, vou ter um assim. Se não, morro. Quando eles passeiam pelo Reino das Águas Claras, dá vontade de ir junto e ficar rodopiando na boniteza...
Quando a Emília, a boneca de macela, toma a pílula falante e desembesta numa falação sem tamanho, é de morrer de rir. E logo logo, sem a gente perceber direito, ela vira gente. Apronta, inventa, encara. Demais!
O livro todo é uma surpresa. Você pensa que vai acontecer uma coisa e... acontece outra! Muito mais divertida e mais maravilhenta do que a minha cabeça poderia inventar. É só gostosura!
Tudo acontece no Sítio do Picapau Amarelo onde só moram crianças e avós, o Marquês de Rabicó, que é um porquinho que come tudo que vê pela frente, a espevitada Emília e um sabugo de milho que é um sábio de cartola e que sabe tudo sobre todas as coisas: o Visconde de Sabugosa. Quando eu mandar na minha vida, vou me mudar pro Sítio do Picapau Amarelo e viver também no bem bom. No mundo inteiro, não tem lugar como aquele... " O Sítio é gostoso como um chinelo velho."
Nem posso acreditar que já tenho mais de 8 anos e só agora é que li um livro do Monteiro Lobato. Perdi o maior tempo desta minha vida . Se ainda não leu nada dele, corra pra conseguir um livro e ficar abraçada de alegria.
Beijos da
               Alice

SABOR DE ENCANTAMENTO
Querida Leninha,
Hoje foi um dia glorioso pra mim! Formatura da 4ª série e ganhei de presente o que mais queria na vida. A coleção completa dos livros infantis do Monteiro Lobato. 17 volumes que dão vontade de lamber e acariciar de mansinho. Verdade que já li todos! Agora, vou poder reler, treler quantas vezes quiser. São meus!!! Pra pegar quando tiver vontade. E sempre tenho...
Vou começar pelos que mais gosto. Foi tão bom ir com todo o pessoal do Sítio passear na Via Láctea, ver o São Jorge lutando contra o dragão, encontrar o anjinho da asa quebrada, "a maior das galantezas ", voltar e comer os bolinhos da Tia Nastácia. Embarquei junto na VIAGEM AO CÉU! Só queria mesmo era ter o meu próprio pó de pirlimpimpim pra poder viajar pra onde bem entendesse, na hora que me desse uma vontadona insegurável...
Fico com uma baita inveja da Emília que fez sozinha A REFORMA DA NATUREZA. Maior atrevimento da criaturinha. Inventou, misturou, experimentou. Ela não tem medos, encara todas, faz e desfaz e sai toda contentinha da vida pra ver no que deu a sua aprontação. Se leva bronca, se faz de desentendida, arregala os olhos de retrós e diz uma asneira de deixar todo mundo mudo. Dava tudo pra ter um pouquinho da coragem dela...Será que vou ter um dia???
Outro livro que vou reler logo, logo é A CHAVE DO TAMANHO e ver todos ficarem pequeníssimos e terem que se virar com seus novos tamanhos e falta de força. Ter que ter idéias novas o tempo todo. Danadinho, o Lobato. Cutuca a gente sempre e faz ficar pensando, pensando...
O PICAPAU AMARELO, adoro adorado. Aquela cartinha do Pequeno Polegar pedindo pra morar no Sítio, a chegada de todos os heróis de todas as histórias maravilhosas, da Cinderela, da Branca de Neve, do Peter Pan e do Capitão Gancho, da Alice do País das Maravilhas, do Aladim, daqueles monstros gregos, a calma da Vovó Benta recebendo todos, as aventuras, os sustos, as lutas, os espantos, as fofocas, tudo é arrepiantemente deslumbrante!!! Amo, amo, amo!
Passou um tempão desde que li o meu primeiro livro do Monteiro Lobato. Cresci, troquei de escola, mudei de casa e de brinquedos, mas uma vontade continua firmona. Quero ir morar no Sítio do Picapau Amarelo!
Beijocas contentíssimas com o presentão que eu bem que merecia... da
          Alice

AMPLITUDE E BELEZURA
Leninha querida,
Incrível, a gente se escrever por tantos anos...Trocar importâncias acontecidas e descobertas coceirentas. Hoje, me formei no Magistério. Sou professora diplomada... Só quero ver como é que me saio numa sala de aulas cheiinha de crianças sem a maravilhança da Narizinho e do Pedrinho...Só quero ter a paciência e a sapiência da Dona Benta e a criatividade da Tia Nastácia. Espero que elas me mostrem os caminhos!
Meu trabalho final no curso foi sobre o Monteiro Lobato. Sorte grande! Reli os amados e empoeirados livros da minha meninice e continuei de boca aberta. Ri, sorri, me espantei...
O que mais me impressionou agora é como ele não separa a realidade da fantasia. Não tem fronteiras. Sai dum, entra no outro, num pulo só. Delícia pura! Estudei milhares de artigos sobre o jogo da criança. Ele, aposto que nem precisou. Caiu de boca e entrou no jogo. As crianças e bichos vivem no divertimento descobertante, na alegria de sair pelos aís e depois...calmamente todos voltam pro Sítio, com um berro chamante da Dona Benta pra comer bolinhos.
E os bichos falantes e atuantes: a pacata Vaca Mocha, o forçudo rinoceronte Quindim, o competente Dr. Caramujo, o comilão Marquês de Rabicó, as sacadas do Burro Falante, o filósofo conselheiro, todos agindo como gentes, convivendo como se fossem da família, palpitando e brincadeirando com e como todos. Na boa! De bater palmas e pedir bis!!!
E a delícia que é o jeito que escreve. É um abraço, um sorriso, te pega pela palavra direto. Nunca é uma baboseira, um jeito debilóide de falar com as crianças, uma pieguice de novela mexicana. Nem pensar. Reparei que usa palavras difíceis, sabendo que a criança vai se informar e entender direitíssimamente. E como inventa palavras lindas! Vou copiar pra você um pedacinho do REINAÇÕES : "E canários cantando, e beijaflores beijando flores e camarões camaronando, e caranguejos caranguejando, tudo que é pequenino e não morde, pequeninando e não mordendo." Ninguém nunca escreveu como ele para crianças...Nunquinha.
Li muitos livros dele para adultos: um ou outro já conhecia, outros nem tinha chegado perto. Não são derrapantes, nem de tirar o fôlego... Gostei dum ou outro conto, fiquei cutucada por algumas cartas, me perguntei sobre alguma coisa escrita em artigos, mas não foi nenhuma fissuração . Foi meio igual a um montão de outros escritores. Não foi descobrir um mundo novo como ele faz comigo e com todas as crianças para quem escreveu. Aí, ninguém chega nem perto. É o maior, o melhor!!! Único!
Quase esquecia ... Agora, o meu livro predileto é MEMÓRIAS DA EMÍLIA. Acho que vou ter sempre do meu lado pela vida afora... A Emília é quem eu queria ser! Babo por ela!
Beijão da "professora"
          Alice

CABEÇAS CRÍTICAS E BRASILIDADE
Leninha querida,
Tempo passando depressa, rodopiante. Estou com 25 anos e agora, trabalhando com alunos da 4ª série. Mudo o jeito de dar aulas, mudo a falação e as cobranças, só não mudo a leitura permanente do Monteiro Lobato. Indispensável!
Quando dava aulas pras criancinhas do pré, contava histórias do Sítio. Aos capítulos e vendo os olhinhos arregalados pedindo mais e mais... Agora, com os grandes, trabalho muito com a mitologia grega. E quem melhor do que o Lobato pra iniciar nos mistérios do Olimpo?? Sei que tudo que aprendi sobre a Grécia de antigamente foi devorando O MINOTAURO e OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES. Meus alunos estão envolvidos na mesma sedução. Torcendo, vibrando, aprendendo sem jeito de lição engolida, amando!
Tentei trabalhar com os livros didáticos dele. Ainda são muito, mas muito melhores dos que os que fazem hoje em dia. Pena, que os conceitos estão superados... Não dá pra usar mais A GRAMÁTICA e A ARITMÉTICA DA EMÍLIA ou a GEOGRAFIA DA DONA BENTA. Mas dá pra pensar na inventação duma aula mais interessante, mais divertida, menos aborrecida e chatosa. Conseguir ser uma surpresa é o segredo!
Não largo nunca de ler uma das FÁBULAS. Nada melhor pra fazer os alunos criticarem, desmitificarem, tirarem suas próprias conclusões. E rindo do deboche, da misturança da graça com a clareza. O rei da dose certa este seu Lobato...
O que sempre me impressionou é como o Lobato escreve bem. E sem gramaticices, sem ficar preso a uma lei tonta e limitativa. Outro dia achei uma carta dele contando: "Não imagina a minha luta pra extirpar a "literatura "dos meus livros infantis. A cada revisão nova das novas edições, mato, como quem mata pulgas, todas as "literaturas " que ainda os estragam." Quero que meus alunos escrevam assim: soltos, divertidos, inventadeiros, assassinando as literatices.
O que mais me impressiona agora em Monteiro Lobato é a sua brasilidade. Nenhum autor que passou pela minha vida, me trouxe tanto do Brasil sem me deixar fora do mundo. Ficar lagarteando ao sol, comendo jabuticabas, subindo em árvores, debochando das macaquices imitativas das estrangeirices, saboreando o nosso folclore nas HISTÓRIAS DA TIA NASTÁCIA e no SACI, mostrando a nossa riqueza em O POÇO DO VISCONDE, cutucando prum patriotismo consciente e participante e não apalermado e paradão.
Acho que ele diz isso claramente como sempre pela boca da Emília: "Dizem que não tenho coração. É falso. Tenho sim, um lindo. Só que não é de banana. Coisinhas à toa não o impressionam; mas ele dói quando vê uma injustiça. Dói tanto, que estou convencida que o maior mal deste mundo é a injustiça."
Vou ser sempre grata a ele pela minha brasilidade gritona quando me vejo de cara com uma baita duma injustiça. O que sempre aconteceu e continua acontecendo neste nosso país...
Pensar que foi preso por sua participação visceral na Campanha do Petróleo. Preso por patriotismo... Se este é o preço, também pagarei. Aprendi com ele a não fugir das convicções, a entrar com tudo em todas as lutas fundamentais. A ir fundo.
Beijos brasileiríssimos da
          Alice

SINGULARIDADE E PERMANÊNCIA
Leninha, amiga querida,
Passam-se os anos e continuo querendo falar com você sobre Monteiro Lobato. Já passei dos 40 e outro dia resolvi reler o Lobato inteirinho. O Lobato das crianças, claro. Os 17 volumes que guardo e exibo como meu maior tesouro.
O meu olhar já não é mais tão inocente e entregue à pura deslumbrância. Percebi detalhes que nunca tinha reparado direito. Incrível, o que ele sacava. No Sítio, só moram duas crianças espertas, curiosas, iguais a milhares de outras. Narizinho é orfã e Pedrinho tem uma vaga mãe que aparece no comecinho da primeira história e nunca mais se ouve falar dela. Nada de pai ou de mãe...Elas são criadas pelas avós, lúdicas, brincantes e nada repressoras. Fantástico!
Também, ele desliza feio. Dona Benta, é culta, sábia, prudente, arrumada, branca. Tia Nastácia, é medrosa, supersticiosa, feia, "negra beiçuda ". Incrível como escapole o racismo, o tempo todo. Dá até calafrios. E olhe que naquele Sítio maravilhento, a única pessoa que trabalha é a Nastácia. E também é a mais criativa, já que foi ela quem fez a Emília e o Visconde.
Falando no Visconde de Sabugosa, dá pra perceber que é o personagem menos querido do Lobato. Ele é metido, pedante, complicado, incapaz de lidar com o concreto, covarde. Um acadêmico! Já Emília, que não é criança, é uma boneca - marquesa irreverente e sem papas na língua, absolutamente independente e dona do seu nariz, é a primeira personagem feminista da nossa literatura.
Vanguardíssima! Linha de frente na emancipação da mulher. A relação de amor e ódio entre os dois é escancarada e deliciosa!
O Sítio do Picapau Amarelo, onde eu sempre quis morar, incomodou muito mais do que a gente imagina. Li outro dia um artigo contando que em 1942, A HISTÓRIA DO MUNDO PARA CRIANÇAS foi retirada das bibliotecas públicas e de todas as escolas católicas. Acenderam fogueiras pra queimar todas as páginas do Lobato. Puro vandalismo. E pra nada. Ele sobrevive até hoje. E provavelmente, às gargalhadas.
Hoje, nas escolas, não armam mais fogueiras. Mas também não lêem o Lobato como deveriam... Encostaram, esconderam... As crianças o conhecem pouco e estão perdendo tanto... Culpa das mães e professoras preguiçosas com um texto mais longo, medrosas das cutucadas que ele dá, das esculhambações afiadas que passa e querendo tudo, menos crianças soltas e críticas como Pedrinho e Narizinho.
Este Sítio, uma possibilidade utópica de civilização harmônica, inteligente, atuante, onde todos querem se refugiar, é como diz a Emília : " O segredo, meu filho, é um só: liberdade. Aqui não há coleiras. A maior desgraça do mundo é a coleira. E como há coleiras espalhadas no mundo."
Monteiro Lobato, movido pela indignação, antenado com o futuro, intuidor da capacidade das crianças e sabedor das suas inteligências espertas, deu para esta criança-leitora que escolheu como seu público com quem realmente valia a pena falar, o que tinha de melhor: sua graça irreverente, suas histórias emocionantes, seu conhecimento cutucador, seus personagens imprevisíveis, sua misturança fantástica do real com o imaginário, sua crença na liberdade.
Sei que ele inaugurou a literatura infantil brasileira. E sei também que substituto ainda não encontrou. Só tem seguidores ávidos para conseguirem chegar onde chegou. Como a presença mais indispensável na admiração, carinho, derretimento, aplausos de todo leitor-criança (tenha a idade que tiver, como eu...).
Ah, o meu livro preferidíssimo continua sendo MEMÓRIAS DA EMÍLIA. E minha ambição de pessoa é conseguir ser "a independência ou morte" como Emília se define. Ainda chego lá!
Beijos da eterna leitora do Lobato,
          Alice



Fanny Abramovich é escritora de livros para crianças e só gostaria de proporcionar aos seus leitores 10% do prazer que Lobato sempre lhe deu.
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Vidas Lusófonas informa que a autora já tem mais de um milhão de exemplares vendidos.


"Hoje, nas escolas, não armam mais fogueiras. Mas também não lêem o Lobato como deveriam... Encostaram, esconderam... As crianças o conhecem pouco e estão perdendo tanto... Culpa das mães e professoras preguiçosas com um texto mais longo, medrosas das cutucadas que ele dá, das esculhambações afiadas que passa e querendo tudo, menos crianças soltas e críticas como Pedrinho e Narizinho.
Este Sítio, uma possibilidade utópica de civilização harmônica, inteligente, atuante, onde todos querem se refugiar, é como diz a Emília : " O segredo, meu filho, é um só: liberdade. Aqui não há coleiras. A maior desgraça do mundo é a coleira. E como há coleiras espalhadas no mundo."
Monteiro Lobato, movido pela indignação, antenado com o futuro, intuidor da capacidade das crianças e sabedor das suas inteligências espertas, deu para esta criança-leitora que escolheu como seu público com quem realmente valia a pena falar, o que tinha de melhor: sua graça irreverente, suas histórias emocionantes, seu conhecimento cutucador, seus personagens imprevisíveis, sua misturança fantástica do real com o imaginário, sua crença na liberdade".



quinta-feira, 19 de abril de 2012

O QUE VOCÊ SABE SOBRE O ÍNDIO BRASILEIRO?

O QUE VOCÊ SABE SOBRE O ÍNDIO BRASILEIRO?  O QUE VOCÊ SABE SOBRE A NOSSA HISTÓRIA?
QUEM SÃO OS ÍNDIOS?
COMO A ESCOLA VEM ABORDANDO A TRAJETÓRIA INDÍGENA?
O ÍNDIO AINDA É ABORDADO COMO UM SER A PARTE DA VIDA NA SOCIEDADE BRASILEIRA?
CONSEGUIMOS ENXERGAR O ÍNDIO COMO CIDADÃO BRASILEIRO OU TEMOS AINDA UMA VISÃO ROMÂNTICA DA TRAJETÓRIA DESSES POVOS TÃO IMPORTANTES E MERECEDORES DO NOSSO RESPEITO?






 

Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na
carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela
fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo. Essa massa de nativos viveu por sé
culos sem consciência de si... Assim foi até se definir como uma nova identidade
étnico-nacional, a de brasileiros...
( DARCY RIBEIRO )

SUGESTÕES PARA TRABALHAR A CULTURA INDÍGENA

Trabalhando Ecologia, Saúde Ambiental e Cultura



Mistérios da Pindorama

Autora: Marion Villas Boas

Editora: Biruta

 Mistérios da Pindorama é o primeiro livro da série. Usando o Livro e o CD trabalha-se com várias formas de expressão - literatura, música, artes plásticas e artes gráficas - para atingir seu objetivo principal de proporcionar ao leitor/ouvinte oportunidades de diversão e de apreciação artística, de conhecimento sobre as manifestações culturais brasileiras e, também, de reflexão sobre os problemas ecológicos que ocorrem em nossa matas. Os protagonistas das diversas histórias são os mitos que protegem as matas. As músicas do CD são representativas dos ritmos populares das diversas regiões brasileiras: caribó, coco, ciranda, sertanejo, maracatu, ponto de capoeira e outros


 

A Lenda Do Dia E Da Noite 

Links Interessantes:


Rede de Cultura Digital Indígena
https://www.facebook.com/groups/RededeCulturaDigitalIndigena/

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)
http://www.apib.org.br
http://blogapib.blogspot.com

_______________

http://www.sitesindigenas.blogspot.com.br/
http://www.indiosonline.net/
 http://www.arteducacao.pro.br/hist_da_arte/hist_da_arte_prebrasil.htm
Associação Artístico Cultural Nhandeva (RJ)
http://www.nhandeva.org
Nandeva
RJ


Associação Guarani Nhe’ê Porã (SP)
http://www.culturaguarani.org.br
Guarani
SP

quarta-feira, 18 de abril de 2012

DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL - saudade do grande escritor Monteiro Lobato!

José Bento Monteiro Lobatro nasceu em 18 de abril de 1882, em taubaté, no Vale do Paraíba. O amior escritor infantil de todos os tempos. Cresceu numa fazenda, se formou em direito, mas seu desejo era trabalhar desenhando e escrevendo.
Em 1907 foi para Areias como promotor público, casou com Maria Pureza com quem teve três filhos. Entediado com a vida numa cidade pequena, escreveu prefácios, fez traduções, mudou para a fazenda Buquira, tentou modernizar a lavoura arcaica, criou o polêmico "Jeca Tatu", fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre o SACI publicada no Jornal O Estado de São Paulo. 
Em 1918 lançou, com sucesso, seu primeiro livro de contos URUPÊS. Fundou a Editora Monteiro Lobato & Cia, melhorando a qualidade gráfica vigente, lançando autores inéditos e chegando à falência. 
 Em 1920 lançou A MENINA DO NARIZ ARREBITADO, com desenhos e capa de Voltolino, conseguindo sua adoção em escolas e uma edição recorde de 50.000 exemplares. - Fundou a Cia Editora Nacional no Rio de Janeiro. Convidado pra ser adido comercial em New York ficou lá por 4 anos (de 1927 a 1931) fascinado por Henry Ford, pela metalurgia e petróleo. Perdeu todo seu dinheiro no crash da bolsa. - Voltou para o Brasil, se jogou na Campanha do Petróleo, fazendo conferências, enviando cartas, conscientizando o país inteiro da importância do óleo. Percebeu, então, o quanto era conhecido e popular. Foi preso! Alternou entusiasmo e depressão com o Brasil. - Participou da Editora Brasiliense, morou em Buenos Aires, foi simpatizante comunista, escreveu para crianças ininterruptamente e com sucesso estrondoso, traduziu muito e teve suas obras traduzidas. 
 Morreu em 4 de julho de 1948 dum acidente vascular. - Suas obras completas são constituídas por 17 volumes dirigidos às crianças e 17 para adultos englobando contos, ensaios, artigos e correspondência.

Fanny Abramovich




MONTEIRO LOBATO

(Minibiografia poética)
Taubaté/ SP


18/04/1882 + 04/07/1948

Lobato, o grande autor da literatura infanto-juvenil,
Também traduziu e adaptou vários livros estrangeiros.
No livro Urupês, Jeca Tatu é o personagem central;
Rui Barbosa louvou o livro no Congresso brasileiro!
Lobato foi quem fundou a primeira editora nacional.

 
Após início de sua carreira, Lobato vai aos Estados Unidos.
Com o progresso lá visto, retornou com idéias diferentes,
Por defender nosso petróleo, passou situações amargas.
Sua carta, com o tema "Petróleo", ofendeu o Presidente Vargas.
Por este motivo, acabou detido no presídio Tiradentes...
Sua luta pelo petróleo brasileiro deixou-o magoado e doente!

 
Nacionalista, Lobato escrevia sobre o futuro da nação.
Grande parte de suas obras direcionava às crianças.
Lobato embolsava nas histórias a alegria e a confiança;
A leitura levava o transmite para a boa educação!

 
No livro, O Sítio do Pica-pau Amarelo,
Jeca Tatu, Boneca Emília, Narizinho, Tia Nastácia, Visconde de Sabugosa, Cuca, Saci, Pedrinho e outros,
Como personagens, vivem aventuras inacreditáveis!
Para o mundo, Lobato, é um dos escritores notáveis...

 
Autor: Manuel de Almeida (Manal)



terça-feira, 17 de abril de 2012

ÍNDIOS

Dia do Índio


Dia do Índio
                      História do Dia do Índio, comemoração, 19 de abril.

ORIGEM DO DIA DO ÍNDIO:
Para entendermos a data, devemos voltar para 1940. Neste ano, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste continente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível, pois os índios há séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”.
No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.


ATUALIDADE:
Hoje, são 230 povos e, pelo menos a metade, vive quase que exclusivamente das fontes tradicionais (caça e pesca), como os Piripikura que vivem no Mato Grosso, enquanto outros já sabem usar computador, falam português e até atuam como políticos. Como você pode perceber, não dá para generalizar o modo de viver dos índios porque cada grupo vive de um jeito. Muitas pessoas se lamentam por pensarem que os indígenas estão perdendo sua cultura por ficarem cada vez mais parecidos com os homens brancos. Mas os indígenas se defendem e dizem que o modo de vida de toda sociedade se transforma com o passar do tempo e, com eles, não poderia ser diferente.“As pessoas, normalmente, têm uma imagem do índio de 1500, da época da colonização, que vive na mata e é alheio às tecnologias. Na verdade, tudo caminhou, inclusive nas comunidades indígenas. A cultura é mutável mesmo, não é fixa”, explica Verônica Mendes Pereira, mestre em educação escolar indígena e professora do curso de licenciatura indígena da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais – ela dá aula para os professores índios para que eles possam ensinar melhor aos seus alunos indiozinhos nas escolas.
DIFERENTE, MAS IGUAL
Hoje, existem muitos índios que vivem em casas que têm luz elétrica e som. Já somam 5 mil os índios matriculados em universidades, estudando Medicina e Direito, por exemplo, e 20 mil os professores indígenas que ensinam nas línguas que falam. “O que caracteriza ser índio ou não é o jeito de viver, que está muito ligado a símbolos: por exemplo, o jeito de eles explicarem como acontecem os fenômenos da natureza, como os trovões, a chuva...é tudo mitológico”, diz a professora.Ela conta, ainda, que mitos não são mentirinhas, mas são as maneiras com que cada tribo explica o mundo, é a ciência delas. “Os Xacriabá não falam língua indígena, mas preservam o mito de Iaiá Cabocla, que é uma onça que protege o território, as crianças e a aldeia. Um índio não deixa de ser índio porque tem carro”, defende.“Os índios mantêm um espírito de continuidade, voltam às suas terras para fazer seus rituais. Alguns ainda vivem caçando e pescando como fizeram na vinda dos portugueses, outros vivem de em contato com os brancos, mas preservam sua cultura. O contato com outras culturas leva à adaptação. Os brasileiros também vivem com uma série de criações dos europeus e norteamericanos” , diz o professor do Departamento de Antropologia da UFF - Universidade Federal Fluminense - Mércio Gomes, que também foi presidente da FUNAI – Fundação Nacional do Índio – de 2003 a 2007.
ESCOLA DE ÍNDIO
Aproximadamente, 0,5% da população brasileira é indígena, está distribuída em todos os estados do país com maior concentração no Norte. Existem 180 línguas diferentes e essa é apenas uma das características que diferencia um grupo dos outros.De acordo com Verônica, a partir da legislação de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, os índios conquistaram seus direitos, o que colaborou para o aumento das populações. O professor Mércio discorda. Ele afirma que, mesmo antes dessa Constituição, o número de indígenas crescia e eles já tinham alguns direitos.“A grande alegria para a nação brasileira é que passados 500 anos da chegada dos portugueses, os povos indígenas estão crescendo. Na década de 1970, eles pareciam entrar em extinção, porque eles morriam de varíola, tuberculose e sarampo. Com o tempo, os remédios foram chegando, algumas doenças acabaram, eles adquiriram imunidade e, hoje, eles crescem a 4% ao ano enquanto o Brasil cresce a menos de 2%”, conta o professor. A população era de 100 mil, em 1955, e, agora, eles são 500 mil. Em cinqüenta anos, eles quase quintuplicaram!Uma vitória indiscutível da Constituição de 1988 é a escola indígena, um lugar de ensino onde os alunos e os professores são índios. Nelas, eles podem ensinar apenas na língua própria, em português, ou nos dois idiomas. Os professores que dão aula nesses colégios são preparados por outras pessoas que trabalham em universidades, como a Verônica.A ideia é que a escola tenha “um pé dentro da aldeia e o outro fora dela”, o que significa que os estudantes aprendem conteúdos ligados à cultura deles, como na disciplina “o uso da terra” que ensina a composição do solo, o tipo de plantas que nasceram ali, quais os chás que podem ser feitos e para que eles servem. Ao mesmo tempo, estudam como o governo e a sociedade podem ajudá-los, que direitos eles têm, entre outras utilidades. Aliás, um problema comum aos índios é a demarcação de terras – espaço destinados para eles morarem.

MARCAS DA HISTÓRIA:
Descobrimento: Quando Cristóvão Colombo chegou ao continente americano em 1492, ele achou que havia encontrado as Índias, o "outro mundo", como dizia.
Depois de serem chamados de índios, os índios brasileiros foram classificados pelos colonizadores em dois grupos: os tupinambás (ou tupis) e os tapuias. Os tupis eram predominantes no litoral brasileiro no século XVI; eles tinham algumas semelhanças de língua e costumes. Já os tapuias não eram um grupo com características semelhantes. Na verdade, eles eram "os outros", os que não se encaixavam no grupo dos tupis por falarem línguas diferentes daquelas com que eles se entendiam. Esta classificação em tupis e tapuias, mesmo insuficiente, foi muito importante para os colonizadores registrarem como viviam os índios no nosso território há 500 anos.


Parte da carta de caminha: Fica evidente o estranhamento cultural e as impressões, quase nunca positivas, acerca dos indígenas. Contaminado por uma cegueira moral, um ¨eurocentrismo¨, Pero inunda sua carta de críticas aos hábitos indígenas. Existe uma necessidade, por parte dos europeus, de imposição cultural perante esses ¨selvagens¨.

Senhor:
Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer.
Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e creia bem por certo que, para aformosear nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu.
Da marinhagem e singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza, porque o não saberei fazer, e os pilotos devem ter esse cuidado. Portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo:
A partida de Belém, como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de março. Sábado, 14 do dito mês, entre as oito e nove horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grã- Canária, e ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas, pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto.
Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com sua nau, sem haver tempo forte nem contrário para que tal acontecesse. Fez o capitão suas diligências para o achar, a uma e outra parte, mas não apareceu mais!
E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos.
Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome - o Monte Pascoal e à terra - a Terra da Vera Cruz.
Mandou lançar o prumo. Acharam vinte e cinco braças; e ao sol posto, obra de seis léguas da terra, surgimos âncoras, em dezenove braças -- ancoragem limpa. Ali permanecemos toda aquela noite. E à quinta-feira, pela manhã, fizemos vela e seguimos em direitos à terra, indo os navios pequenos diante, por dezessete, dezesseis, quinze, catorze, treze, doze, dez e nove braças, até meia légua da terra, onde todos lançamos âncoras em frente à boca de um rio. E chegaríamos a esta ancoragem as dez horas pouco mais ou menos.
Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos, por chegarem primeiro.
Então lançamos fora os batéis e esquifes, e vieram logo todos os capitães das naus a esta nau do Capitão-mor, onde falaram entre si.
E o Capitão-mor mandou em terra no batel a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou de ir para lá, acudiram pela praia homens, quando aos dois, quando aos três, de maneira que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte homens. Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas.
Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram.
Ali não pôde deles haver fala, nem entendimento de proveito, por o mar quebrar na costa. Somente deu-lhes um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça e um sombreiro preto.
Um deles deu-lhe um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas como de papagaio; e outro deu-lhe um ramal grande de continhas brancas, miúdas, que querem parecer de aljaveira, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza, e com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por causa do mar.
Na noite seguinte, ventou tanto sueste com chuvaceiros que fez caçar as naus, e especialmente a capitânia. E sexta pela manhã, às oito horas, pouco mais ou menos, por conselho dos pilotos, mandou o Capitão levantar âncoras e fazer vela; e fomos ao longo da costa, com os batéis e esquifes amarrados à popa na direção do norte, para ver se achávamos alguma abrigada e bom pouso, onde nos demorássemos, para tomar água e lenha. Não que nos minguasse, mas por aqui nos acertarmos.
Quando fizemos vela, estariam já na praia assentados perto do rio obra de sessenta ou setenta homens que se haviam juntado ali poucos e poucos. Fomos de longo, e mandou o Capitão aos navios pequenos que seguissem mais chegados à terra e, se achassem pouso seguro para as naus, que amainassem.
(Trecho retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha - Portugal. 1500).

PALAVRAS INDÍGENAS:
abaite= gente Ruim
abana= (gente de) cabelo forte ou cabeladeiro
abaetituba =lugar cheio de gente boa
abaré= amigo-(aba-rè-rê-abaruna)
Amanda: amana, chuva
Amandy: dia de chuva
Amapá: (ama'pá) árvore de madeira útil, e cuja casca, amarga, exsuda látex medicinal.
Amerê: fumaça.
Ami: aranha que não tece teia.
Anauê: salve, olá.
Babaquara: tolo, aquele que não sabe de nada.
Bapo: chocalho usado em solenidades.
Baquara: sabedor de coisas, esperto.
Biboca: moradia humilde
Iracema: lábios de mel (ira, tembé, iratembé).
Irapuã: mel redondo (ira, puã).
Ita: pedra (itaúna).
Paraíba (1): paraiwa, rio ruim, rio que não se presta à navegação.
Paraibuna: rio escuro e que não serve para navegar
Paraná: marPauá (tupi): (pawa, pava) tudo, muito, no sentido de grande extensão.
Peba: branco,branca (tinga, peva, peua).
Pereba: pequena ferida.
Pernambuco: mar com fendas, recifes.
Piauí: Rio de piaus (tipo de peixe).

COMO TRABALHAR NO ENSINO FUNDAMENTAL:
INFUÊNCIA CULTURAL: Sensibilizar os alunos para perceberem que os valores e significados que são compartilhados entre grupos sociais, contribuem para formar a cultura de um povo. Conhecer os hábitos e atitudes presentes na sociedade que têm sua origem na Cultura indígena, assim como, o uso de objetos, palavras, culinária etc.;
PLURALIDADE CULTURAL: Mostrar os valores da diferença, por questões intrigantes, como exemplo: Quem são verdadeiramente os índios? OU Por que nós, humanos, embora sejamos uma única espécie biológica, desenvolvemos modos de vida tão diferentes e conflitantes? Ao explorarmos algumas possibilidades de explicação, podemos pensar também nas formas de convívio com as diferenças humanas para o desenvolvimento de nosso modo de viver;
MEIO AMBIENTE: Trabalhar o respeito à natureza, a conscientizar sobre a importância de atidudes positivas diante do meio ambiente. Perceber-se enquanto ser que faz parte da natureza. Discutir questões como, extinção dos animais que vivem em determinada região; conhecer a medicina natural a partir do plantio de ervas como boldo, capim limão etc.;
ÉTICA: trabalhar o respeito e valorização da diversidade cultural brasileira e a dignidade humana.

RECURSOS
MÚSICAS QUE CITAM O ÍNDIO:
Benito Di Paula - Índio Caboclo Cigano
ÍNDIOS - Renato Russo 
MUSEU DO ÍNDIO:
End. Rua das Palmeiras, 55 - Botafogo Rio de Janeiro - RJ, 22270-070
Tel. (021) 3214-8700.
Horário de funcionamento:
seg Fechado, ter-sex 10h00-17h00 sáb-dom 13h00-17h00.

TURMA: 4004
COMPONENTES: Lyvia Lima, Thayná Pessanha, Marcelly Souza e Tayanne Martins.
GRUPO: 4


FONTES: 
Abril.com - Meu Planetinha (19/04/2010)
Folha online São Paulo (24/04/200) 
http://arturricardo-historiador.blogspot.com.br

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sugestão de livro para leitura sobre BULLYING

Autor: Gilberto Mansur
Ilustração: Cláudia Martins - São Paulo
Formato Editorial


Resumo: (Um outro jeito de voar). Conta uma história de um passarinho que não sabia voar, mas adorava dançar, ler, cantar, etc. Porém, ele não queria saber fazer essas coisas, o que ele queria mesmo era saber voar. Até que um belo dia ele encontrará seu amigo Codorna, que lhe dirá que era muito vigiado, e isso acabou deixando sua asa curta e muito desconcertada. Mas asa curta era um pássaro muito inteligente, percebeu que não poderia voar, mas sim passar o seu pensamento e a sua imaginação para os seus outros amigos; E o seus amigos através de sua inteligência lhe deram o nome de Asa Comprida.


Aluna: Thayná Alexadre Pessanha  Nº44 Turma:4004

quarta-feira, 11 de abril de 2012

ENSAIO DA INCORPORAÇÃO


ALUNAS,

GOSTARIA DE AGRADECER A COLABORAÇÃO DE VOCÊS NO ENSAIO DA INCORPORAÇÃO. QUE LINDO FOI VÊ-LAS NO PALQUINHO DO PÁTIO INTERNO, CANTANDO OS HINOS DA NORMALISTA E DO IECD COM EMPENHO E ALEGRIA.
QUERIA DEIXAR REGISTRADO O QUANTO A PARTICIPAÇÃO, A POSTURA E O COMPROMISSO DE TODAS É IMPRESCINDÍVEL PARA A FORMAÇÃO DE CADA UMA E PARA NOSSA ESCOLA.
 FICO GRATA E FELIZ POR ESTAREM ASSUMINDO UM ESPAÇO QUE É DE VOCÊS, FUTURAS PROFESSORAS! FUTURAS COLEGAS DE TRABALHO!!!

UM BEIJO CARINHOSO E O MEU OBRIGADA,
MARIS



 "Educar e educar-se, na prática da liberdade, é tarefa daqueles que pouco sabem - por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais - em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes, transformando seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem, possam igualmente saber mais".
PAULO FREIRE

OBRIGADA,

Bárbara Catarine
Alessandra 
Aline
Thylara
Débora
Daniela
Ester 
Cláudia 
Amanda

DOCUMENTOS DO PROJETO

CRACHÁ

                 GOVERNO DO RIO DE JANEIRO
Secretaria de Estado de Educação
DIRETORIA REGIONAL METROPOLITANA III
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CARMELA DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL - ENSINO MÉDIO/ MODALIDADE NORMAL EJA
Av. Ministro Edgard Romero, 491 – Madureira – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 21360-200.
Tels: (21) 2333-5719  /  FAX: 2333-5720
Projeto: “Construindo e Reconstruindo a Leitura e a Escrita”
Coordenadora: Profª __________________________
Aluno (a): __________________________________
Horário: __________________________________


BILHETE PARA OS PAIS

Rio, __/__/2012
Sr. Responsável
  É com muita alegria que solicitamos a sua presença em nossa reunião e inscrição para participação do seu filho no Projeto Construindo e Reconstruindo a Leitura e a Escrita que será realizada no Carmela Dutra.   Acreditamos que o trabalho realizado na escola é um trabalho de equipe e a família tem papel importantíssimo nesta equipe, por isso, contamos com você! O processo de aprendizagem de nossos alunos também depende da participação dos responsáveis. 

 Dia: _______    Hora: _______
Local: _______________________
Professora: ______________________
Coordenadora  Professora Vera Paes

ALUNA: THYLARA